Endometriose

Captura de Tela 2015-01-28 às 14.39.30Endometriose é uma doença frequente que aparece em 10 a 15% das mulheres durante o período da vida em que têm seus ciclos menstruais presentes. Os focos da doença podem se instalar de forma superficial ou profunda e podem atingir diferentes locais, principalmente da região pélvica, incluindo ovários, fundo vaginal, intestino, e bexiga. Os principais sintomas são cólicas menstruais intensas, dor durante o ato sexual no fundo da vagina, dor em baixo ventre sem relação com o período menstrual e alterações intestinais e urinárias durante o período menstrual, o que inclui dor para evacuar, sangramento nas fezes, dor ou sangramento ao urinar. Além disso, uma parte das pacientes com a doença pode ter dificuldade para engravidar.

Os sintomas intestinais, em geral, são relatados pelas pacientes com lesões intestinais que podem surgir na porção final do intestino grosso (reto e sigmóide), mas também no apêndice e na parte final do intestino delgado (íleo terminal).

Quando há essa suspeita, o exame clínico já no consultório é valioso pois pode perceber a presença da doença porém o exame de imagem especializado é fundamental para avaliar a presença das lesões profundas intestinais, assim como em outras localizações. O ultrassom transvaginal com preparo intestinal ou a ressonância magnética de pelve realizada por radiologista especializado nessa análise traz as informações necessárias para, em conjunto com os sintomas, determinarmos a melhor opção de tratamento.

Dependendo da idade da paciente, de seu desejo de engravidar, dos sintomas e do resultado do exame de imagem especializado, a paciente irá realizar um tratamento hormonal para suspender seu fluxo menstrual, irá pensar na gestação (com ou sem tratamentos, também dependendo de diversos fatores, incluindo exames do parceiro) ou terá que ser submetida a uma cirurgia laparoscópica para retirada das lesões da doença. Vemos assim que há diferentes opções de tratamento para pacientes com endometriose e a decisão é tomada conforme a avaliação conjunta do ginecologista e do cirurgião do aparelho digestivo.