Câncer Colorretal – quando a prevenção é o melhor tratamento

O que é?

O câncer colorretal é aquele que acomete qualquer parte do intestino grosso ou reto. Dentro dos tumores do aparelho digestivo, é aquele que mais tem aumentado sua incidência no mundo ocidental. O câncer do cólon acompanha a melhoria do desenvolvimento dos países e o acesso da população à melhor condição de conservação dos alimentos e tem a ver com a dieta moderna. Ela tem como característica a presença de substâncias carcinogênicas (presentes em alimentos com adição externa, como conservantes e inseticidas), além de um hábito alimentar de menor ingestão de fibras, com consequente constipação. As substancias assim chamadas carcinogênicas dos alimentos mais industrializados, na pessoa constipada, fica mais tempo em contato com o intestino contribuindo para o desenvolvimento da doença. Além disso, existe a predisposição genética ou hereditariedade como fatores importantíssimos a serem considerados. Em famílias onde existe a história de câncer do cólon, o check up periódico da saúde do cólon é fundamental para a prevenção.

Prevenção

Dentre os tumores em geral, inclusive os do aparelho digestivo, o câncer colorretal é de fácil prevenção. Pólipos benignos, de adenoma precedem a transformação para câncer e podem ser removidos através de colonoscopia. Os pólipos surgem geralmente depois da quinta década de vida e, por esse motivo, recomenda-se o início da prevenção aos 50 anos de idade, mesmo se o indivíduo não tiver histórico e nem antecedente familiar. A realização da colonoscopia para detectar e remover esses pólipos é a única forma de prevenção adequada, pois assim se impede que se transformem em câncer no futuro. O exame deve ser realizado, como forma de prevenção, aos 50 anos ou em quem tem antecedente familiar (pais ou avós que tiveram câncer no intestino), antes dos 50 anos.

Pólipos benignos são adenomas que, quando crescem de tamanho, podem virar adenocarcinomas. O tempo para que isso ocorra nunca é menor do que de 10 a 15 anos, então existe um tempo adequado para a prevenção entre uma colonoscopia e outra, minimizando as chances do surgimento de um pólipo que culminaria em câncer do intestino.

Frequência do exame:

O que determina a periodicidade do acompanhamento, após realizada a colonoscopia e encontrado pólipos, é a quantidade e o tamanho desses. Se no primeiro exame existe uma situação onde não há presença de pólipos, um próximo exame pode ser solicitado em até 10 anos. Ao passo que se forem encontrados pólipos, sendo um deles maior que um centímetro, recomenda-se que o exame seja refeito em até 3 anos, dependendo também do resultado da biópsia.

Tratamento:

O diagnóstico do câncer colorretal se inicia através de anamnese completa. Entre os sintomas pode haver dor abdominal, presença de sangue nas fezes, obstrução intestinal, alteração do hábito da evacuação, anemia. Porém ele pode se apresentar de uma forma muito silenciosa, com dor abdominal bastante inespecífica. Uma vez diagnosticado o câncer no intestino, o tratamento é sempre cirúrgico. Na cirurgia, é removida a porção do intestino onde o câncer está presente, junto com os linfonodos (que são gânglios que ficam ao redor) e procura-se reestabelecer o trânsito intestinal na mesma cirurgia.

As modalidades cirúrgicas existentes são a convencional, com incisão grande abdominal, através da cirurgia laparoscópica – que traz menor trauma com reestabelecimento mais rápido – e cada vez mais frequente, ocupando espaço da cirurgia laparoscópica, a cirurgia robótica, que traz ainda mais precisão e melhor recuperação ( veja mais detalhes da cirurgia robótica aqui: http://www.sidneyklajner.com.br/cirurgia-robotica-do-aparelho-digestivo/)

A necessidade ou não de formas adicionais de tratamento, como quimioterapia ou radioterapia, depende da análise da peça removida na cirurgia, pelo patologista.

O aspecto mais importante e que deve ficar como mensagem, é quanto a detecção: quanto mais precoce, maior a chance de cura. A prevenção é a principal arma para impedir o desenvolvimento do câncer do intestino.

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