Disponível em hospital paulista, tecnologia sem corte possibilita um pós-operatório indolor.
O procedimento é oferecido de forma pioneira no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. A cirurgia requer anestesia local eperidural, aplicada na medula. A cirurgia é feita com a introdução do Doppler – equipamento de ultrassom que mede o fluxo sanguíneo pelo som –no canal anal, para identificar a pulsação das veias hemorroidárias. Com uma agulha que passa pelo interior do equipamento, o cirurgião costura a veia num ponto específico.
Trata-se de um método muito menos invasivo do que na cirurgia convencional de hemorroidas, que causa dor e desconforto nos pacientes por até duas semanas após o procedimento.
“Na cirurgia convencional removem-se as veias hemorroidárias, expondo os nervos numa região muito sensível. Nessa técnica, nós interrompemos o fluxo do sangue que alimenta as veias hemorroidárias”, destaca o Dr. Sidney Klajner, médico-cirurgião do Albert Einstein. “O mais interessante nesse método é o pós-operatório sem dor. É uma operação muito menos mutiladora”.
De acordo com o especialista, o procedimento não oferece riscos de trombose, sangramento ou rompimento de músculos. “Além disso, a técnica permite ao paciente voltar para casa até no mesmo dia e retomar as atividades normais no dia seguinte, sem nenhuma dor ou risco de reincidência”, acrescenta ele.
Indicação
Pacientes que sofrem de hemorróida podem procurar o Albert Einstein para diagnóstico e possível indicação de cirurgia, ou podem requerer indicação de seu médico para realizar o procedimento, bastando que este entre em contato com o setor responsável no hospital paulista.
Para se submeter à cirurgia são necessários exames pré-operatórios para confirmar a boa saúde e a boa coagulação. No caso dos pacientes acima de 50 anos é feito um check-up intestinal. A cirurgia, que dura 45 minutos, requer internamento de um dia. O custo total é em torno de R$ 6mil, com internação, equipamentos e utilização do centro cirúrgico.
Publicado em 31 de outubro de 2010 por Jony Clay Borges em UOL.